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domingo, 30 de dezembro de 2012

Como funcionam as câmeras digitais compacta e DSLR ?

É provável que já tenha uma noção de como funciona de uma máquina fotográfica. Porém, você sabe qual é a diferença entre o funcionamento das câmeras compactas e das DSLR, as chamadas câmeras Reflex?

Apesar de o princípio ser o mesmo (a luz precisa atravessar as lentes, o diafragma e o obturador para chegar ao sensor), os caminhos são bem diferentes. Enquanto em uma, todo o processo é analógico, na outra a maior parte é digital. Descubra mais sobre esses dois modelos de câmera!
Existe uma infinidade de modelos de máquinas fotográficas, tanto compactas quanto profissionais, e é possível que existam variações na posição dos componentes, porém, apesar disso, o caminho que a luz percorre tem diferenças bastante peculiares entre os dois tipos.

Câmeras dSLR: os diferentes caminhos da luz




A principal diferença entre uma máquina digital compacta para uma profissional é a natureza analógica que é preservada pelas DSLR (sigla para digital single lens reflex), e que não existe mais nas máquinas menores ou mais modernas.
Quando você olha pelo visor analógico de uma Reflex, o que você vê é exatamente aquilo que a luz está enxergando, refletido por espelhos e um pentaprisma. Essa imagem ainda não passou pelo sensor, portanto ela é totalmente analógica.
A luz vai tocar o sensor apenas quando o botão de disparo for pressionado. Nesses casos, o espelho que refletia a imagem para o visor analógico é levantado, o obturador se abre e a luz atinge o sensor. A imagem então é processada para ser mostrada no visor LCD.

Antes do disparo


O que nós conhecemos por “lente” é, na verdade, um grupo bastante complexo de lentes de diversos tamanhos e formatos, que se combinam para formar o conjunto ótico da câmera. No meio dele se encontra o diafragma, que possui uma abertura regulável. Quando a câmera está em “repouso” (não está ocorrendo disparo), a luz passa por esse conjunto e inverte a imagem, que bate no primeiro espelho.0
Ao atingir esse espelho, que deve estar em um ângulo exato de 45°, a luz é refletida para cima e passa por uma tela de foco e por uma lente, antes de chegar ao pentaprisma. Este prisma de cinco lados tem uma característica especial: ele reflete a imagem em um ângulo exato de 90° e a inverte novamente, fazendo com que você possa enxergar exatamente o que a lente está vendo, sem distorções, através do visor analógico.








Live preview


Algumas câmeras DSLR oferecem uma prévia da imagem antes de bater a fotografia, já no LCD. Isso é bom, pois você pode ver como a foto vai ficar, ou mesmo fazer ajustes sem precisar olhar no visor analógico. Este tipo de função é ótima em situações nas quais a câmera está em uma posição que dificulta o acesso do rosto do fotógrafo a ela.
Existem muitas limitações, no entanto, e não é a mesma coisa do que olhar pelo visor pequeno. A maior parte das câmeras que oferece essa funcionalidade não permite que o foco seja alterado no momento do live preview, e algumas limitam o tempo que você pode visualizar essa prévia.





O momento da fotografia


Todo o processo, tanto a visualização analógica quando o live preview, acontece apenas quando não está ocorrendo disparo e serve para que o fotógrafo possa ver o que a lente está “enxergando”. Não é possível ver, neste momento, alterações no balanço de branco, velocidade do disparo, abertura e outras configurações, pois elas serão aplicadas apenas quando a câmera estiver, de fato, fotografando.
Quando o botão de disparo é acionado, o espelho que refletia a imagem para o visor analógico é erguido para que a luz consiga passar e chegue até ao obturador. Esse é o grande motivo pelo qual o visor pequeno não mostra a imagem no momento do disparo, simplesmente porque a passagem de luz no pentaprisma foi bloqueada.
O obturador então se abre, expondo o sensor brevemente para que a luz possa tocá-lo. O sensor envia a imagem ao seu processador, no qual ela é "preparada", unindo as informações captadas. Ela é, então, invertida novamente e mostrada no visor LCD, já com as alterações feitas pelas diversas configurações da câmera.

Câmeras compactas: um caminho direto







Todo o processo de captação das câmeras Reflex se parece muito com a fotografia analógica, com o sensor se comportando como o filme. De fato, uma das únicas alterações no funcionamento de uma DSLR e uma câmera analógica SLR é a troca do filme fotográfico pelo sensor. Nas compactas, o processo é bem diferente, e primordialmente digital.
Uma das maiores diferenças é a quantidade de modelos de câmera que existem no mercado. Por mais que existam diversas marcas que fabriquem máquinas fotográficas profissionais, os formatos são sempre parecidos. Isso por que a construção delas é bem semelhante. Já para as compactas, isso não é verdade.
A construção de duas câmeras compactas pode ser completamente diferente para cada uma delas, e muitas vezes os componentes mudam de lugar. Enquanto em algumas, o obturador está antes da lente, em outras ele pode ser achado na parte interna. Essencialmente, porém, o processo é o mesmo para todas.


Sensor sempre exposto


Neste tipo de câmera, não existem espelhos, pentaprismas ou visores analógicos. Sim, é possível que alguns modelos tragam um visor pequeno parecido com o das DSLR, mas não se engane, é apenas uma telinha digital. Ela serve para ajudar, por exemplo, em ambientes com claridade excessiva, nos quais o visor LCD se torna de difícil visualização.
Outra diferença é que o visor, nas câmeras compactas, está sempre exposto à luz. O motivo maior disso é que, nas DSLR ele precisa ficar protegido, pois o corpo dessas máquinas pode ser aberto para a troca de lentes e se fosse exposto (como acontece nas micro 3/4), seria danificado facilmente. Nas compactas não há este perigo, pois seu corpo é sempre fechado.




O caminho único da luz


Ao atravessar o obturador e entrar na lente (a posição do obturador é variável), a luz passa pelo diafragma, que tem a abertura controlável, atinge diretamente o sensor e é mostrada no display em tempo real. Essa imagem não é o que a lente está “enxergando”, e sim um produto do processamento feito pelo sensor, que já tem condições de fazer alterações de balanço de branco, ISO , entre outras, antes mesmo da fotografia ser batida.
No momento do disparo, o obturador se fecha, o sensor é preparado para gravar a imagem que irá atingi-lo e a abertura do diafragma é regulada de acordo com as configurações manuais (se um ajuste do tipo tiver sido feito) ou automáticas. O obturador então se abre e a fotografia é batida. Logo em seguida, ele se fecha novamente até a imagem ser processada e mostrada no visor. Tudo isso acontece muito rápido, geralmente em frações de segundo.

O tamanho importa?


Uma das maiores diferenças entre câmeras compactas e profissionais é o tamanho do sensor, que tem relação direta com a qualidade das imagens. Em uma regra geral, quanto maior for este componente, melhor a fotografia será. Veja esta tabela (em inglês) com alguns dos diferentes tamanhos:





Na tabela, as câmeras compactas são representadas pelos quatro menores tamanhos, enquanto os outros retângulos representam as máquinas semi-profissionais (como as micro 3/4) ou DSLR. Note que, além do tamanho, ao formato também é variável, sendo alguns mais quadrados e outros mais retangulares.
É claro que existem exceções. Algumas câmeras de celulares possuem um sensor pequeno e conseguem tirar fotografias impressionantes, porém elas são a minoria, e geralmente fazem o aparelho custar mais caro.
Em câmeras compactas o sensor não pode ser muito grande, por causa do seu tamanho reduzido e da quantidade de componentes que precisam caber em um corpo pequeno. Já as profissionais possuem sensores bem maiores, que conseguem captar mais pontos de luz real para transformar em imagem.





Muitas vezes, o número de megapixels que uma câmera pode alcançar não quer dizer que ela terá mais qualidade de imagem. É mais importante prestar atenção no tamanho do sensor e na sua construção, já que é ele quem vai, de fato, criar a imagem fotográfica que você deseja.








Diafragma e Obturador




Você já parou para pensar que uma câmera fotográfica nada mais é do que uma réplica do olho humano? Entender isso é bastante simples quando pensamos no funcionamento destes dois sistemas, que é basicamente o mesmo. Enquanto no olho, a retina é capaz de “traduzir” a luz em imagens, nas câmeras fotográficas quem faz isso é o sensor.
Este sensor é muito sensível e precisa estar sempre protegido de sujeiras e de luz muito intensa. É como um filme, nas antigas máquinas analógicas, que não podia ser exposto à claridade. O que protege este dispositivo dentro da câmera (e já protegia o filme antigamente) é o obturador. Ele funciona como uma “cortina” que cobre o sensor e se abre rapidamente quando uma fotografia é tirada.



Dependendo de cada modelo de câmera, ele pode se encontrar em diferentes posições, mas a sua função é sempre a mesma: abrir-se para a passagem de luz. Ele pode ter também vários formatos. Os mais comuns são os circulares, que se abrem de maneira semelhante ao diafragma (são encontrados em câmeras antigas), e os obturadores mais modernos, com placas sobrepostas que se abrem verticalmente, como uma persiana.

Velocidade de disparo

A velocidade de disparo é o tempo que o obturador fica aberto, antes de voltar para a posição inicial. Como veremos a seguir, essa velocidade está diretamente ligada com a ideia de “movimento” da foto, e com a quantidade de luz que o sensor será capaz de captar. Ela pode ser controlada na maior parte das câmeras, principalmente nas que possuem funcionamento mais avançado.




A velocidade de disparo, ou “shutter”, é medida em segundos, ou frações de segundos, expressos desta forma: 5” para velocidade acima de um segundo, que neste caso são 5 segundos, pois o numero representa o tempo; e 1/200 para velocidades abaixo de um segundo, neste caso a velocidade é um segundo dividido por 200. Quanto mais rápido, menos luz é captada, porém as chances da imagem ficar tremida são bem menores.

Como medir e escolher uma velocidade de disparo correta

Apesar da ideia de que 1/200, por exemplo, é uma velocidade muito alta e que a quantidade de luz que conseguiria entrar nesse caso seria muito pouca, isso não é verdade. Por exemplo, em um dia de sol, a céu aberto, a velocidade ideal pode variar de 1/1500 até 1/3000 ou mais. Já em um dia nublado, a velocidade usada precisa ser menor, entre 1/400, aproximadamente.




Mas como saber qual a velocidade correta? Esse valor pode variar e está diretamente associado à abertura do obturador e ao ISO (quanto maior a abertura ou o ISO, menor o tempo de exposição), mas existem algumas formas de descobrir os ajustes ideais para cada situação.


Fotômetro

A maior parte das câmeras que têm ajustes manuais de exposição possui uma “escala”, que pode ser vista no visor e funciona através de um equipamento interno da máquina - o fotômetro - que “percebe” as condições de luz do ambiente e indica se os ajustes que você fez deixarão a foto muito clara ou escura, ou se estão corretos.




Quando o ponteiro estiver mais para o lado negativo, quer dizer que existe pouca luz e a foto pode ficar escura. Já o contrário, o ponteiro marcando um valor positivo muito alto, indica que existe muita luz, e a foto pode "estourar". O ideal é ajustar a velocidade de tal forma que o ponteiro fique no meio, ou na região central.

Cuidado para não tremer!

Se o ambiente estiver muito escuro, será preciso abaixar a velocidade de disparo, aumentando assim o tempo de exposição. Porém, se você não tiver um apoio para a câmera, é provável que a imagem fique tremida.






Isso acontece, pois involuntariamente nós fazemos pequenos movimentos ao segurar a câmera, e para velocidades abaixo de 1/30, aproximadamente, esses movimentos se tornam perceptíveis nas fotos.
Nesses casos, use um tripé ou ajuste um valor mais alto para o ISO, de modo que seja necessário menos tempo de exposição. Só tome cuidado para não prejudicar demais a qualidade da imagem com o ajuste do ISO.

Modo de prioridade de velocidade e sensação de movimento

Existe uma ajuda para quem quer começar a aprender fotografia e não sabe como ajustar a velocidade e a abertura de uma só vez. São os modos de prioridade, nos quais você ajusta um parâmetro e a máquina ajusta o outro.
Use o modo de prioridade de velocidade (“S” ou “Tv”) quando você quiser destacar um objeto que esteja se movendo. Isso pode ser feito ajustando uma velocidade maior, o que faz com que o objeto fique nítido e pareça imóvel, ou ajustando uma velocidade pequena para que a imagem fique borrada em algumas partes, dando uma ideia de movimento.




Isso acontece, pois, ao colocar uma velocidade de disparo menor do que a velocidade que a o objeto está se movendo, a câmera registra todos os momentos do objeto até o obturador se fechar. Isso dá a impressão de um “rastro” deixado, fazendo com que seja possível perceber o movimento.

Diafragma

Muitas pessoas confundem o obturador com o diafragma, porém eles são partes diferentes da câmera e têm funções diferentes também. Enquanto o obturador é o responsável por proteger o sensor e se abrir apenas brevemente para deixar a luz passar, o diafragma controla a quantidade de luz que chega ao obturador, deixando a passagem maior ou menor, dependendo de sua abertura.
Esta pequena parte da máquina fotográfica é considerada a íris das câmeras e se encontra dentro da lente. Ele tem, entre outros, um dos papeis mais fundamentais para a fotografia: controlar a profundidade de campo.

Abertura do diafragma

O diafragma pode se abrir e fechar, permitindo uma passagem maior ou menor de luz para o obturador e para o sensor. Quanto maior é a abertura, mais luz é captada e a velocidade de disparo pode ser maior, diminuindo o tempo necessário de exposição.
A abertura do diafragma é medida em números f, que são escritos desta forma: f/2.1, f/5.6, f/22, etc... Sendo que, quanto maior a abertura, menor é o número. É importante entender este conceito, pois, desta forma, quando falamos em uma grande abertura do diafragma, é possível saber que o número f em questão é bem pequeno. É comum referir-se à abertura do diafragma apenas como “abertura”.






Por exemplo, o diafragma configurado em f/22 está quase fechado, enquanto f/1.2 representa que ele está quase totalmente aberto. Pode ser fácil confundir essa relação no começo, mas não se preocupe, com o tempo você vai se acostumar a ler esses números e saber exatamente quão aberta está a “íris” da sua câmera.
Nem todas as câmeras conseguem ajustar a abertura para todos os valores, pois isso depende do tipo de lente que está sendo usado. Ao comprar uma câmera ou lente nova, tente encontrar informações sobre os valores de abertura, o máximo e o mínimo. Isso classifica as lentes em “claras” e “escuras”, sendo que, geralmente, quanto mais clara for a lente, maior é o seu valor.

Abertura x Profundidade de campo

A abertura do diafragma interfere diretamente na profundidade de campo, e quanto mais aberta está a lente, menor é essa profundidade e vice-versa. Mas, o que realmente é a profundidade de campo?
Quando você vê uma fotografia, ela pode estar completamente focada, ou com algumas partes focadas e outras não. Esse é um efeito visual da profundidade de campo, quanto maior ela é, mais áreas da imagem ficam nítidas, e quanto menor ela é, menor é o ponto de foco.






Isso acontece quando existem várias “camadas” na imagem e a câmera precisa ajustar o foco. Se o diafragma estiver muito aberto, a profundidade de campo irá diminuir e só o que estiver mais próximo da câmera ficará focado. Já se a abertura for pequena, a profundidade de campo será maior e todo o assunto, independente de camadas, será focado.
Trabalhar explorando esse efeito é algo que enriquece a fotografia, deixando-a com uma sensação maior de dimensões e distâncias. Quando toda a imagem está focada, a impressão que pode dar é que ela está “chapada”, ou seja, todos os elementos que compõe a fotografia estão alinhados no mesmo plano.




Os modos programados “paisagem” e “macro” das câmeras controlam a abertura para obter profundidades diferentes, mas você pode fazer isso manualmente, se a sua câmera possuir a opção de mudar a abertura do diafragma. Desta forma, além dos extremos (apenas o primeiro plano focado e todos os planos focados), você pode conseguir resultados intermediários.

Modo de prioridade de abertura

Assim como acontece com o modo de prioridade de velocidade (porém ao contrário), ao escolher priorizar a abertura, a câmera ajusta o tempo de exposição . Esse modo é bastante útil para começar a aprender os conceitos de fotografia, como as relações entre velocidade e abertura. Seu ícone na máquina pode ser “A” ou “Av”.
Use esse recurso quando você desejar controlar a profundidade de campo, para obter fotos completamente focadas ou com pontos de foco menores. Tente ver, enquanto você fotografa, os valores que a máquina coloca para a velocidade baseados nos valores que você definiu para a abertura. Você verá que existe sempre uma relação inversamente proporcional: quanto maior a abertura, menor pode ser a velocidade e vice-versa.





É claro que os valores também dependem da luminosidade dos ambientes, e variam de acordo com isso, mas em um mesmo local com as mesmas condições de luz, a regra vai estar sempre valendo: quanto maior for um valor, menor será o outro.









Simulador de câmera fotográfica

Sabemos que muitas pessoas que leem artigos a respeito de técnicas de fotografia ainda não tiveram a oportunidade de adquirir uma DSLR para que possam colocar em prática tudo aquilo que já leram.
Vai aqui uma mega dica muita divertida a interessante. Um simulador de máquina fotográfica.

Este serviço é um simulador bastante realista de uma câmera SLR, com os controles manuais e o fotômetro, para que você possa treinar os seus conhecimentos. E mesmo que você possua uma SLR, vale a pena reaprender alguns conceitos que já foram passados com essa divertida ferramenta online.

Acessem: 
http://camerasim.com/camera-simulator/

O que é ISO ?

Atualmente quase por uma totalidade as câmeras fotográficas possuem uma função muita conhecida, ISO.Os antigos filmes fotográficos também vinham com essa informação marcada na caixa, chamado também de ASA. Mas, para que exatamente serve o ISO, e como é possível tirar melhores fotografias usando adequadamente este recurso?


Responder a primeira pergunta pode, à primeira vista, parecer bem simples. ISO é a sensibilidade do filme (ou no caso da fotografia digital, do sensor) à luz. Quanto menor o número, menor é essa sensibilidade. Consequentemente, é preciso muito mais luz para a fotografia ficar clara. Se o ISO é aumentado, a sensibilidade do filme, ou sensor, aumenta também e com menos luz é possível captar a cena desejada.
Porém, existem consequências. Um ISO baixo capta pouca luz, porém quase não apresenta ruído (aqueles pontinhos granulados, geralmente nas áreas mais escuras da foto) e os contornos ficam mais nítidos. Já um ISO maior, apesar de permitir fotografar com pouca luz, gera um ruído perceptível e prejudica a nitidez dos detalhes, o que pode arruinar uma boa fotografia. Veja a comparação:




Use o ISO ao seu favor

Agora que você já sabe o que é, é preciso aprender a controlar essa ferramenta, para garantir as melhores fotografias. Antes de tudo, é preciso lembrar que, se você usar um ISO baixo em um ambiente com pouca luz e quiser uma imagem clara, o obturador da câmera precisa ficar mais tempo aberto, e as chances da imagem ficar tremida são bem maiores.
Uma maneira de descobrir o melhor número ISO para cada situação é respondendo a algumas perguntas simples, sobre quatro fatores essenciais: iluminação, propósito, apoio e movimento.

A iluminação é suficiente?




A primeira delas é quanta luz você tem no ambiente. Pense em uma escala: durante o dia, com sol forte e em ambiente aberto, seria um extremo da escala. Já um ambiente fechado e com pouca iluminação, como um teatro apenas com as luzes do palco ou um barzinho à meia luz, seria o outro extremo. Quando mais luz, menor pode ser ISO. Com pouca luz, use um ISO maior.
Não é uma regra, porém é quase certo que ambientes fechados tenham uma iluminação média ou baixa. Isso acontece porque raramente as luzes instaladas neste tipo de lugar vão conseguir simular a luz solar. Essa é a pergunta principal a se fazer, portanto gaste um tempo fazendo testes em diferentes ambientes para se habituar a esta variável.


A fotografia pode conter ruídos?








Saber o propósito da foto ajuda muito na hora de decidir o número ISO a ser usado. Por exemplo, imagens profissionais não podem apresentar ruídos, portanto o mais certo a se fazer é usar o menor ISO possível e uma iluminação reforçada. Por outro lado, fotografias caseiras não precisam necessariamente ser perfeitas, e um pouco de ruído não estragaria o seu propósito.
Outro ponto a ser analisado é o uso do flash. Muitas situações pedem que você não use o flash, para poder obter uma fotografia mais bonita. Além disso, museus, igrejas e outros ambientes parecidos obrigam a não utilização deste artificio.




Pense sempre no uso que você fará da imagem, e se uma fotografia granulada estraga isso. Se a resposta para essa questão for afirmativa, use um ISO baixo. Se não, pode contar com a ajudinha dessa ferramenta e usar um ISO um pouco maior.

Existe tripé ou apoio para a câmera?

Como o uso de um ISO baixo em ambientes com pouca luz acarreta na necessidade de uma velocidade menor para o obturador e, consequentemente, mais tempo com ele aberto, é possível que fotografias assim fiquem borradas e tremidas. Para contornar isso, um tripé pode ser a solução.




Se você possui um tripé, pode deixar a máquina parada o tempo necessário para o sensor, ou filme, captar a quantidade de luz necessária, e isso faz com que seja possível usar o ISO mais baixo e preservar a qualidade da imagem. Não precisa ser necessariamente um tripé, pode ser qualquer apoio fixo, desde que a máquina fique parada. Sem o tripé, em um ambiente escuro, é preciso aumentar o ISO para que a luz possa ser captada sem que a imagem não corra o risco de ficar tremida.

O objeto está se movendo?

Um objeto se movendo pede uma abertura muito rápida do obturador, para não ficar borrado. Neste caso, a velocidade do disparo não pode ser baixa, logo, é preciso aumentar a iluminação. Se isso não for possível, então é necessário usar um ISO mais alto para poder captar a cena da maneira desejada.




Geralmente isso acontece quando é preciso fotografar jogos ou atividades esportivas, como corridas ou partidas de futebol. Se for um ambiente aberto, de dia e com sol, provavelmente a luz seja suficiente para um ISO 100 ou 200. Caso contrário, se for noite ou um ambiente fechado, e você quiser imagens nítidas, aumente o ISO o quanto puder ou precisar.
Responda essas quatro perguntas e faça um balanço da situação até chegar a um número para o ISO que consiga satisfazer todas as suas necessidades. Lembre-se sempre de que, para a fotografia, o mais importante é bastante treino e muitas tentativas!






Conheça o símbolo secreto das câmeras fotográficas







Se você tem uma câmera DSLR, provavelmente já se deparou com um símbolo estranho (e aparentemente inútil) que fica posicionado entre o visor e o botão para seleção de modo de disparo. Se você é muito curioso, provavelmente deve ter corrido para o manual de instruções. Caso contrário, saiba que o ícone não é nenhuma marca misteriosa e sem propósito.
Eles descobriram que a marca nada mais é do que a indicação do local exato em que o sensor do equipamento está localizado dentro do corpo da câmera. A utilidade do símbolo seria apenas para fotografias macro, ajudando a determinar a distância exata entre o objeto e o plano focal.


Zoom ou aproximação real, o que é melhor?


Quando as máquinas fotográficas compactas com zoom, ainda na era das câmeras analógicas, começaram a aparecer no mercado, muita gente achou que não precisaria mais se deslocar até o objeto fotografado, bastaria aproximar a lente e bater a fotografia.

Fonte da imagem: Chris Dawkins
E, de fato, o zoom existe exatamente para isso. Mas, o que muita gente não sabe, é que existe uma grande diferença visual entre uma fotografia tirada com zoom e uma imagem com a mesma composição, mas que o fotógrafo se aproximou para bater. Veja exemplos e entenda qual a diferença entre usar o zoom e usar uma aproximação real.

Zoom ótico X zoom digital


Antes de qualquer coisa, é importante deixar claro que, neste post, vamos nos referir sempre ao zoom ótico, ou zoom real. Isto é, é a aproximação feita através da movimentação um jogo de lentes na objetiva da câmera.
O zoom ótico não prejudica a qualidade da imagem, já que ele é feito de maneira “analógica”, ou seja, aquilo que está sendo mostrado é exatamente o que a lente está enxergando. Já o zoom digital é feito quando a capacidade ótica se esgota, e é preciso ainda mais aproximação. O que ele faz é igual a dar o zoom em uma imagem no computador.




Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia


Isto é, ele aproxima a imagem artificialmente através de processos do sensor. A lente enxerga um cenário e o sensor aproxima esse cenário, “esticando” a imagem. Não existe a possibilidade de manter a qualidade da imagem quando se está usando esse tipo de recurso. No exemplo acima ,é possível ver a diferença, bem marcante, entre os tipos de zoom.
Portanto, quando você for comprar uma câmera nova e o vendedor falar que ela tem 3x de zoom ótico e 10x de zoom digital, não se deixe enganar! A aproximação real é apenas de três vezes, o resto é processamento do sensor e não resultará em imagens com qualidade.

Mudança de ângulo e perspectiva


Nós já falamos aqui sobre a profundidade de campo, que pode ser controlada regulando-se o diafragma e as regiões com foco. Porém, não é apenas o diafragma que tem influência nisso. O uso do zoom também tem uma ligação direta com a profundidade de campo, e em casos extremos, pode deixar a foto completamente “chapada”, isto é, dar a aparência de que os objetos estão todos muito perto.
Mas por que isso acontece? A explicação está na física, mas calma, se você não prestou atenção em todas as aulas de ótica, não precisa se preocupar, pois esse é um fenômeno fácil de ser entendido e sem nomes complexos ou cálculos. A maior diferença entre o zoom ou a aproximação real é o ângulo de visão da câmera, que diminui drasticamente com o uso desse recurso da lente. Veja a figura a seguir que exemplifica isso:




Os números medidos em “mm” são as distâncias focais, isto é, a capacidade de aproximação de uma lente. Quanto maior este número, maior a capacidade de aproximação, ou zoom. Na maior parte das câmeras, a distância focal de 50mm é equivalente ao que o olho humano enxerga, e representa a imagem “normal”.
Distâncias menores do que 50mm representam um “afastamento” da câmera em relação ao objeto, e distâncias maiores aproximam a cena, o popular “zoom”. Lentes com a distância focal muito pequena (chamadas de fisheye, ou olho de peixe, por causa do seu formato) distorcem a imagem, e são usadas de forma artística, principalmente por amantes da lomografia.





O que isso muda na prática?


Imagine que você vai fotografar algo, e no fundo da cena existe qualquer outro objeto. Você se coloca próximo ao que deseja fotografar e bate a foto sem usar o zoom. A distância aparente entre os dois objetos presentes na imagem, nesse caso, é semelhante a real, já que não houve alteração de ângulo.
Mas digamos que você não pode se aproximar tanto daquilo que deseja fotografar, e precisa utilizar o recurso do zoom. O que a câmera faz é fechar o ângulo de visão para se aproximar do que estiver mais perto, e isso faz com que a distância aparente entre os dois objetos seja drasticamente diminuída, parecendo que eles foram realmente aproximados. Veja isso na prática:




Quando é utilizado pouco zoom, isso é quase imperceptível, mas, em alguns casos, a foto muda completamente, principalmente se a distancia do objeto fotografado e dos objetos de fundo for grande.
Para entender melhor isso, pense que você está a dois metros de distância de uma pessoa e ela, por vez, está a 20 metros de distância do objeto do fundo, por exemplo. Se você se aproximar um metro, a distância entre você e a pessoa diminuiu pela metade, mas a distância entre a pessoa e o fundo permaneceu igual. O zoom não funciona dessa forma.
Usando a aproximação do zoom, se você estiver na mesma situação, a dois metros de alguém, e usar o recurso para ficar em uma distância aparente de um metro da pessoa, ele diminui todas as distâncias pela metade, parecendo assim que o objeto no fundo está muito maior, e, consequentemente, muito mais próximo da pessoa.




É claro que, muitas vezes, o zoom é a única alternativa e é preciso usá-lo. Nestes casos, preste atenção se isso não está prejudicando as distâncias aparentes e as perspectivas da sua imagem. Não é preciso, porém, ser muito rígido neste aspecto.
Essa dica serve mais para que você entenda o fenômeno e saiba o que acontece quando ocorrem distorções tão drásticas, mas não existe uma regra que proíba o uso do zoom. Se não tiver muito problema que as distâncias aparentes sejam alteradas, e você precisar mesmo usar este recurso, vá em frente, já que ele existe para ajudar e facilitar a vida do fotógrafo, e, por mais que essas distorções ocorram, ele não é nenhum vilão.
E lembre-se sempre de que, na fotografia, o melhor equipamento é aquele que você tem. Seja uma câmera compacta ou uma dSLR, o que importa é praticar sempre!















Sony RX1, compacta full-frame





A Sony lançou um modelo de câmera fotográfica de bolso que é o primeiro com sensor profissional — o produto é chamado simplesmente de Sony RX1. Por contar com esse “acessório” poderoso, a máquina consegue registrar imagens de grande qualidade, mesmo em ambientes com pouca luz.
A Sony RX1 pesa apenas 782 gramas e é um pouco maior do que um baralho de cartas — além de contar com lente 35 mm f/2.0 não removível e custar “apenas” US$ 2.800 (cerca de R$ 5.600, sem impostos). Dessa maneira, ela é um aparelho que promete praticidade e resultados excelentes — o que gerou muita curiosidade em diversas pessoas.
Por conta disso, a Sony disponibilizou através do Flickr algumas fotografias tiradas com o novo produto. Todas elas foram apresentadas na resolução máxima do aparelho, que é de 24,3 megapixels. Ficou curioso? Então confira as imagens no site: http://www.flickr.com/search/?q=sony+rx1



Como desfocar o fundo da foto

O que causa esse efeito na fotografia? Na verdade, essa variação de foco é causada pela profundidade de campo e, se você aprender a dominá-la, pode conseguir fotografias muito bonitas.


Fotografias de esporte usam o diafragma bem aberto, tendo como resultado uma pequena profundidade de campo. (Fonte da imagem: Flickr/Ryu Voelkel)


Como é explicado aqui, a profundidade de campo é alterada diretamente pela abertura do diafragma, sendo que, quanto mais aberto ele estiver, menor ela é. Quanto menor é a profundidade de campo, mais desfocado o fundo fica.
Imagine a cena que você está fotografando de um modo tridimensional: existem “camadas” de objetos e cenários, desde o que está mais próximo da câmera até o que está mais longe. Quando o diafragma está bem fechado (o que pede um tempo de exposição maior), a lente é capaz de focar objetos que estão distantes; já o contrário, quanto mais ele estiver aberto, menor é a distância da câmera para o primeiro objeto focado. Veja o exemplo:



Para controlar isso, é preciso uma câmera que tenha a configuração manual de abertura do diafragma, algo que, na maior parte dos casos, apenas as semi-profissionais e profissionais possuem. Porém, é possível emular este efeito com câmeras compactas através de dois modos de disparo: paisagem e macro.
O primeiro fecha a abertura do diafragma e procura focar o máximo possível a imagem, e o segundo faz exatamente o contrário: simula o efeito macro de maneira automática. Para usar o macro, você não precisa necessariamente de um objeto muito próximo da lente, porém, para que o efeito seja mais visível, isso é recomendado.




Para uma fotografia em macro dar certo, faça um teste: aperte o botão de disparo até a metade e veja onde está o marcador de foco na tela da sua câmera. Este marcador é parecido com uma “mira” e indica o ponto que a câmera vai medir ao tirar a fotografia.
Se ele estiver no centro, você pode apontar o centro da lente para o ponto que deseja focar, apertar o disparador até a metade e então, sem soltar o botão, mover a câmera para o enquadramento que você quiser. Isso torna possível que você tire fotos com o fundo desfocado sem necessariamente posicionar o objeto em destaque no meio da imagem.


(Fonte da imagem:Reprodução/Ana Nemes)







Mais megapixels em sua câmera, significa maior qualidade de imagem?

Escolher qual será sua nova câmera digital pode parecer uma tarefa muito simples. Quanto mais megapixels ela oferece, melhor é a câmera, certo? Errado. Esse é o famoso “mito do megapixel”, que vem sendo discutido e desmontado cada vez mais. 



Pixels, megapixels e resolução


Antes de entender qual é a importância da quantidade de pixels para uma imagem, precisamos entender o que são eles. Ao ampliar uma imagem no computador, observamos que ela é formada por milhares de quadrados. Esses pequenos quadrados somados resultam em uma imagem digital nítida, como você observa no exemplo abaixo:

Cada megapixel possui uma resolução, que é a quantidade de quadrados que temos na imagem – horizontal x vertical – e é através dela que podemos saber em quantos megapixels a foto foi tirada. Por exemplo, se uma foto tem resolução de 1772 x 1181 pixels, isso significa que ela foi tirada em 2.1 megapixels.
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E por que mais megapixels não significa maior qualidade de imagem?

A realidade é que a resolução de uma imagem não está diretamente ligada à sua qualidade. A imagem de uma câmera digital é feita como sabemos através de um sensor, que faz a captação de luz do objeto fotografado e vai transformar essa informação em pixels, gerando a imagem digital.

Câmeras profissionais ou semi-profissionais têm sensores melhores, maiores e mais complexos (até porque têm maior espaço físico para abrigar os sensores), e por isso produzem imagens melhores, mais nítidas e com cores mais vibrantes.

Por outro lado, câmeras compactas e de celulares têm sensores de qualidade inferior. Quanto mais megapixels o sensor é forçado a captar, mais calor ele produz, o que acaba gerando ruído na foto. 

Por mais que a resolução seja maior, com maior número de pixels, a qualidade da imagem é prejudicada, o que os fotógrafos chamam de “granulação”. Isso acontece pois o sensor não tem capacidade suficiente para captar tantos pixels com a mesma qualidade. 

Abaixo temos um exemplo de como o megapixel não indica qualidade de imagem. Todas as fotos foram feitas em 5 megapixels. A primeira foi tirada com uma câmera semi-profissional, a Sony H50. A segunda, com uma câmera compacta, também da Sony, a W120. E a terceira foto foi tirada com a câmera do aparelho celular DEXT, da Motorola:






As imagens têm o mesmo tamanho, aqui reduzidas para visualização completa, mas recortamos uma parte igual de cada e colocamos ao lado da foto. Nesta parte elas estão com 100% do tamanho original, e é clara a diferença de qualidade, principalmente em questão de cor e definição.

Ainda que todas as imagens tenham a mesma resolução, a diferença de qualidade entre elas é óbvia por conta da diferença entre sensores e lentes. Além disso, outras características como capacidade de definição de cor, tonalidade e contraste devem ser levadas em consideração.

Essas características são muito mais importantes do que a quantidade de megapixels que sua câmera oferece. A prova é que há muitas câmeras profissionais no mercado que não passam de 10 megapixels. 

Quando o megapixel faz a diferença.

A grande questão é que a quantidade de pixels de uma imagem não tem influência sobre a qualidade da imagem, mas sim sobre a ampliação que será possível realizar com ela. Ao fotografar em qualidade VGA (640 x 480 pixels) você tem a mesma qualidade visual de uma fotografia tirada com 3MP (2592 x 1944), se reduzidas ao mesmo tamanho. Observe as imagens abaixo:




Só é possível notar a diferença entre as imagens caso você amplie uma determinada parte. No exemplo abaixo podemos ver que só a partir da ampliação notamos que a primeira imagem foi tirada em maior resolução do que a segunda:

 


Mesmo assim, as câmeras digitais compactas e as câmeras disponíveis em aparelhos de celular têm captação de imagem bem menos poderosa do que uma DSLR, que é uma câmera digital profissional. 


Outro fator importante é saber que uma ampliação de foto simples - 15x10 cm - precisa de apenas um megapixel para ser impressa com qualidade. 

O marketing em cima dos números.


As empresas fabricantes de câmeras digitais vendem seus produtos passando para o consumidor a ilusão de que quanto maior o número de megapixels, maior a qualidade do aparelho e isso justifica, assim, um preço maior. Isso acaba gerando um padrão de que maior número em tecnologia significa um produto mais eficiente, o que nem sempre é verdade. 


Além disso, não se deve diferenciar as câmeras digitais pela quantidade de megapixel, uma vez que um megapixel a mais ou a menos tem um resultado final insignificante. Para realmente fazer a diferença, é necessário ter uma diferença de no mínimo 4 MP entre uma câmera e outra.


Enquanto aparelhos profissionais têm capacidade de sensor, lentes e captação de cores cada vez melhor, a fabricação de câmeras compactas está preocupada em melhorar a maquiagem digital da foto. 

E afinal, que câmera comprar?

Ao buscar uma nova câmera, tire a quantidade de megapixels que ela suporta do primeiro item da sua lista. Analise antes a qualidade do sensor de captação de imagem, a nitidez e definição de cores da foto que ela produz, a variação do ISO, a lente que ela possui e sua distância focal – bem importante para quem gosta de fotografar objetos pequenos e detalhes. 

E mais do que isso: pesquise bastante. Busque resenhas na internet, opiniões de compradores e junte o máximo de informação que puder. Lembre-se de que quem faz a foto é você, mas quanto melhor o equipamento em mãos, melhores serão suas imagens.